Numenéra + 2d10solo - Gabli Conversa com os Pais - 1


 Finalmente essa saga pelo Nono Mundo vai ter início! Verdadeiramente me enrolei demais nos últimos meses. O meu ritmo não é frenético, não consigo produzir conteúdo atrás de conteúdo então, devo aceitar o meu limite e espero aos leitores que respeitem isso.

Digo isso, porque eu mantenho um pequeno servidor no Discord para ser um espaço onde possa jogar com calma e trazer uma turma para fazer o mesmo, sem nenhuma pressão por crescimento do mesmo que é algo que vejo ocorrendo em vários servidores. Então, dedico um pouco do meu tempo livre para digamos, cuidar, aguar as plantas desse jardim que carinhosamente foi chamado de To The Hills!

Além do servidor, sempre busco narrar uma mesa de RPG por vez, não mais do que isso. Ou seja, minha frequência é semanal. Só quando termino uma aventura, inicio outra. Atualmente ando jogando mais FATE mas tenho projetos para outros jogos mais pra frente. E se você quiser jogar comigo, ainda tem uma vaga para uma aventura baseada no cenário de AICO: Incarnation. Eis o convite para o servidor, meu nick lá é Cleedee.

Outra coisa que toma tempo mas gosto de fazer é gravar episódios para o podcast do servidor, o Radio Hills RPG. É prazeroso o aprendizado apesar do trabalho que dá. Acho importante a experiência porque assim valorizo mais quem faz.

Voltando ao RPG solo, que já disse outras vezes, é algo maravilhoso per si, pois não é um substituto ao jogo com outras pessoas, mas uma experiência própria, um extrapolar do que é o RPG, eu resolvi adotar uma técnica diferente para capturar a sessão de jogo.

Quando estava jogando Arkanun, basicamente eu escrevia enquanto jogava. Não sei avaliar bem se a forma foi produtiva ou não, se foi satisfatória ou não. Lembro que era positivo no sentido de que eu dava uma pausa na sessão para pesquisar questões históricas de Constantinopla e seu período, como se estivesse escrevendo um livro. De todo modo, resolvi gravar a sessão de jogo usando o smartphone de tal maneira como vinha fazendo com um módulo de aventura antigo de D&D.

Confesso que está me agradando gravar o meu monólogo e eu entendo melhor agora porque várias pessoas gostam de fazer isso e depois publicar suas experiências, como o Tarcísio Lucas, o Tiago Junges, o Trevor Devall, o Luís Guilherme, o Caio Romero, entre tantos outros.

Então o que está escrito a seguir será uma espécie de resumo do que ocorreu na sessão de jogo gravada. Provavelmente por gravação só teremos de uma a duas cenas. Caso queira ouvir as gravações, acesse essa pasta do Google Drive.

 Cena 1 - Conversa com os Pais

A cena começa na casa de Gabli durante o café da manhã. Pai, mãe, irmão (14 anos) e ele (17 anos) estão à mesa.Entre um pegar de pão e o segurar de uma faca, Gabli pára o que estava fazendo e sem ainda olhar nos olhos de seu pai, diz:

- Pai, mãe, eu preciso falar uma coisa para vocês. Eu tomei uma decisão. Já sou um homem feito, tenho 17 anos e não estou satisfeito com o que eu venho fazendo até agora. Com o que eu quero para minha vida. E, eu sei, pai, que você trabalhou quando era mais jovem como explorador de numenéra. Você não me falou tanto sobre essa época mas o pouco que eu ouvi de você, me fez achar aquilo tudo incrível, sabe? Eu venho estudando, tentando estudar sobre as numenéras, eu tenho prestado atenção nas aulas de um dos sacerdotes e eu acho que esse lugar é pra mim. Eu quero explorar.

Como seria a reação do pai de Gabli?

Resposta do Oráculo: Começar Rival

Eu interpreto que o pai dele definitivamente se oporá à escolha do filho, não querendo que ele se torne explorador (para mais detalhes, vide o áudio).

- Gabli, meu filho. Não vejo com bons olhos a sua decisão. Realmente você é um homem feito. Só fico muito triste que você tenha tomado essa decisão. Não tenho como lhe proibir, só posso dizer que sou contra isso. Vivemos num lugar onde tudo ao redor de nós é muito perigoso. Temos as montanhas que são perigosas, temos o Deserto Gélido. Tudo ao redor é perigoso. São os lugares mais cruéis para se explorar. Diria para você, meu filho, que eu tive muita sorte. Mas quando vi que estava tendo sorte demais, eu sair disso muito cedo. Comecei com a sua idade e quando tinha 25 anos, já estava largando isso quando conheci sua mãe. Nós tivemos você pouco tempo depois. Então, você pode ter uma outra vida.

O Gabli, depois de ouvir o pai, pensa um pouco e depois fala:

- Pai, então você realmente não vai me apoiar? É isso? Preciso do seu apoio para começar essa nova etapa da minha vida.

Resposta do Oráculo: Não, mas ...

Interpreto que o pai realmente não vai ajuda mas a mãe dele está ali, então ...

- Não meu filho, eu não lhe ajudarei nisso. Você vai começar sozinho com o que você tem. É isso o que tenho a dizer pra você.

Então, ouvimos a voz da mãe de Gabli:

- Gabli, meu filho. Você falou com seu pai, não falou comigo. Esqueceu que eu sou sua mãe? Nunca fui uma exploradora. Não conheci seu pai quando ele era um. Ele já tinha abandonado. Mas muito do que nós temos hoje foi graças ao trabalho dele. Então, a sua educação, tudo o que você já vem treinando é  muito de quem é você. Seu pai talvez fique zangado comigo. Parte das economias que eu tenho, eu posso lhe dá para que você realize esse começo.

O Gabli ouviu toda a conversa olhando para ela. Quando ela parou de falar, disse:

- Mãe. Muito obrigado, mãe.  Você não sabe o quanto isso me deixa feliz. Por que é um sonho que eu tenho. Mesmo que o meu pai não goste disso, quero seguir os passos dele. E é isso o que eu vou fazer. Então, gente, com licença. Eu tenho que pensar um pouco, respirar um pouco. Pai, com licença.

O pai não fala nada.

A cena termina.

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