A Herança de Cthulhu - O Início


Há algum tempo atrás, joguei o Vampiro: Sozinho na Escuridão da editora 101 Games num canal do Discord. Não joguei muito tempo mas a experiência foi boa, no sentido da história que estava sendo criada. Agora vou jogar outro jogo dessa editora que, aliás, é o mesmo conjunto de regras chamado Solo 10: A Herança de Cthulhu.

A Herança de Cthulhu passa-se no nosso mundo num futuro distópico posterior à ascensão de Cthulhu e outros Grandes Antigos. Para quem não sabe, esses seres fazem parte da obra de horror de H.P. Lovecraft.

Não estava em meus planos para 2025 jogá-lo mas como ainda não encontrei o material das aventuras da Salzinho para retomar sua jornada, já iniciei as rolagens e a escrita num caderno. Abaixo, apresento a introdução dos personagens na forma de um diário. A aventura durará enquanto os dois viverem.

Somos um casal de namorados. Escrevemos a quatro mãos esse diário. Sou Júlia e sou Alexandre.

Antes de tudo isso acontecer, viajamos para Massachusetts, Estados Unidos, tão logo nos formamos. Júlia é formada em medicina e Alexandre em Estatística. Amamos esportes e a viagem foi com o objetivo de fazer trilhas no Greylock.

Quando o Apocalipse teve início, ficamos sabendo pelas redes sociais, redes de TV, rádio, pelo céu e pela atmosfera. Tivemos um último contato com nossas famílias antes das comunicações caírem. Isolados na montanha junto a alguns poucos que decidiram ficar, esperamos que as autoridades, o Estado pudesse resolver. Estávamos no território da maior potência militar do planeta. Havia alguma esperança de que aquelas coisas que vimos pela internet não fossem páreo.

Racionamos alimentos e água mas tivemos problemas com energia elétrica. Foi difícil nos mantermos aquecidos na montanha mas trabalhamos duro para resolver essa questão. Então o mundo lá fora nos encontrou.

Um dia acordamos bem cedo ao som de disparos de armas de fogo e, pela fresta da janela, vimos pessoas em frente à porta de um quarto, apontando uma pistola para o interior. Diante daquele terror, deixamos para trás pertences, nos agasalhamos e levamos uma mochila com o que já havia nela, abrimos a janela e fugimos por nossas vidas.

Longe do hotel, vivemos momentos de medo, frio e fome. Sentimos forçados a nos direcionar para a cidade mais próxima, Arkham. No percurso, vimos criaturas aladas no céu, algumas mergulhando em busca de uma presa que, inevitavelmente, nossa imaginação acreditava ser uma pessoa, um ser humano.

Contávamos com as construções da civilização para nos mantermos escondidos, ocultos, assim era que víamos Arkham, um lugar para nos escondermos e sobreviver, encontrar outros sobreviventes em que pudéssemos contar.

A cidade parecia vazia, suja e destruída. Na periferia, buscamos pela primeira casa que fosse boa o suficiente para servir de refúgio.



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