Arkanun + 2d10solo - Sessão 6



Pergunta ao Oráculo do Destino: Encontrarão alguma dificuldade para navegar?
Resposta: 4 - Não.

É noite do dia 1º de novembro de 1448. Gavril e Miguel foram para o alto mar, afastando-se da costa e dos seus perigos. O destino é rumar para o norte, nordeste, na direção do Estreito de Bósforo.

Na proa do barco, Gavril examina à sua frente. A escuridão e o frio reina, seu coração bate forte. Nada ainda de avistar o farol que os levará em segurança até a cidade de Constantinopla. Não há lua no céu e as estrelas são poucas pois nuvens cobrem parcialmente o firmamento. No entanto, o mar é calmo e o vento suave infla as velas fazendo o barco cortar as águas no sentido pretendido.

Naquela noite era lua nova.

Levaram menos de meia hora para verem a luz do farol e mais uma hora daquela noite para avistarem as muralhas e um ou outro cais. Miguel levou o barco até o cais que ficava próximo à residência e aos negócios de Aleksios.

Pergunta ao Oráculo do Destino com Vantagem: Vigias inspecionam o barco e seus tripulantes?
Resposta: 5 e 7 - Sim.

Homens armados e portando lanternas aproximam-se no barco ancorado e pedem a identificação de ambos. Miguel, já amarrando uma das cordas para manter a nau firme, responde:

- Olá, meus queridos compatriotas. Talvez não me conheçam mas devem conhecer meu patrão. Seu nome é Aleksios Chorianopoulos. Chego agora de uma missão como mensageiro mas trago um filho de um amigo dele comigo para estudar.

Pergunta ao Oráculo do Destino: Alguém dentre os vigias conhece Miguel?
Resposta: 8 - Sim, e algo Aumenta ou Reforça a Resposta.

Um dos homens toma a frente dos demais e Miguel e Gavril conseguem ver o rosto do homem iluminado pela chama da sua própria lanterna. Um sorriso surge.

- Ora, Miguel, quem ouve o que tu falas fica parecendo que fez algo errado!

- Geórgios, alegria inestimável vê-lo trabalhando! Nada de errado aqui se o que te espantas eu está num barco otomano. Tomei-o emprestado para chegar aqui tranquilamente.

Pergunta ao Oráculo do Destino com Desvantagem: O amigo de Miguel acredita na história do empréstimo?
Resposta: 5, 5 - Não.

- Tudo tranquilo aqui, pessoal. Mantenham a ronda, logo alcanço vocês, disse Geórgios ao seus colegas de trabalho.

Aqui paro para tratar um objetivo de curto prazo que definimos na sessão anterior que cumprimos: Chegar em Constantinopla. Como falei anteriormente, irei substituir a forma como o personagem ganha pontos de experiência porque o modelo atual implica um jogo em grupo e questões de roleplay. Sendo assim, irei atribuir ganhos de pontos de experiência por objetivos concluídos. Cheguei à seguinte distribuição:

Objetivo de Curto Prazo: 2 pontos de experiência
Objetivo de Médio Prazo: 6 pontos de experiência
Objetivo de Longo Prazo: 18 pontos de experiência

Objetivos atualizados:
  • Objetivo de Curto Prazo: Chegar em Constantinopla;
  • Objetivo de Médio Prazo: Devolver o barco aos donos;
  • Objetivo de Médio Prazo: Descobrir a história da mãe, Polina;
  • Objetivo de Longo Prazo: Alcançar graus mais altos dentro Ordem de Salomão.

Após os outros se afastarem, Geórgios continua:

- Espero que o furto não piore a diplomacia.

- O que dizer, não é verdade. No momento parecia a coisa super certa a se fazer. Mas vamos deixar os problemas para mais tarde. Gabriel, esse é o meu amigo Geórgios. Ele cuida dos bens dos usuários dessa parte do porto. Geórgios, conheça Gabriel Antoniou, futuro e promissor estudante do senhor Chorianopoulos!

- Seja bem vindo, Gabriel. És de onde?

- Muito obrigado! Nasci e moro na Trácia. Ou morava. Espero que fincar meus pés na cidade.

- Pode ser que esteja tentando fincar os pés em chão instável, senhor Gabriel. Vocês sabiam que o Imperador morreu?

Gavril e Miguel se entreolham mas não deixam de exclamar estupefação pela notícia.

- Do que ele morreu? Já se sabe?

- Falam que foi de causas naturais. O coração. Ainda não sabemos quem irá sucedê-lo. Minha aposta é em Constantino pois já governou a cidade.

- E os otomanos já sabem? Pergunta Gavril.

- Certamente. Eles possuem corpo diplomático aqui. O corpo será enterrado amanhã e eles devem inclusive comparecer, penso eu. Eu digo que é sinal de fraqueza a situação atual. Os irmãos irão brigar pelo trono?

- Que cenário temos aqui, não é? Gavril indaga.

- Vamos sair daqui. Vocês e seus animais devem está com frio. Miguel, vai direto para a residência do senhor Aleksios?

- Com toda a certeza. Ainda é cedo, ele ainda deve está acordado, então conseguirei entrar. Geórgios, meu caro, fique com Deus e tenha uma vigília na paz.

- Que Deus permita isso. Tenham uma boa noite.

Então, os dois companheiros conduzem os animais pelas ruas largas, ora estreitas, da cidade, não demorando muito para chegarem e pararem em frente a uma casa de dois andares com uma grande porta de duas partes. Miguel usa a alça para causar o estrondo de batida na porta.

Depois de um tempo, uma voz soa do outro lado:

- Quem é e porque está batendo em minha casa a essas horas?

- Senhor Chorianopoulos, sou eu o Miguel, seu humilde servo.

Em seguida, ouve-se o barulho de um ferrolho roçando no metal e a porta é aberta. A luz de uma lamparina exibe o rosto magro, sardento, pontuado de um nariz desproporcional de Aleksios. Seu olhar para pelos dois homens, o fazendo sorrir.

- Ora, Miguel, ficou contente que tudo tenha corrido bem. Abrirei o portão e vocês podem colocar os animais.

Miguel ajuda o seu patrão a abrir as portas do grande portão para que Gavril guie o cavalo e a mula.

O espaço interno da residência apresenta um pátio central, à direita alguns armazéns. À esquerda, o prédio de dois andares, onde vemos uma mulher na entrada da porta.

- Esse rapagão é o filho do meu amigo Heros? Seu pai é muito egoísta mesmo. Além de se distanciar dos amigos, impede que vejamos o crescimento do próprio filho! Pois bem, diga-me, qual é o seu nome? Diz Aleksios, enquanto põe as mãos sobre os ombros de Gavril.

- Senhor Chorianopoulos, muito obrigado por me receber em seu lar. Gavril Antoniou a seu dispor. Meus pais são misteriosos até para mim que vivi esse tempo todo com eles. Isso é verdade pelo menos em relação ao meu pai. E egoísmo é uma faceta que não conhecia no meu pai.

- Ah! Quanto a isso não se preocupe. É mais a prosa de um velho que ficou muito triste em não ter mais um grande amigo por perto. Magda, por obséquio, peça que ponham a mesa para Gavril e Miguel.

- Estou curioso para ouvir as histórias de vossa viagem. Mas primeiro tirem essas roupas, tomem um banho. Depois do jantar, encontrem-me no meu escritório, está bem?

Considerações


É de meu interesse trazer informações sobre Constantinopla e o Império Bizantino. Então é certo que o jogo ficará mais lento pois parte do tempo dedicado será para a leitura histórica. Começarei também a esboçar os planos e objetivos da ordens místicas e dos seres fantásticos na cidade. Alguns posts podem ser dedicados a isso.

Encontrei esse site que possui além de rico conteúdo (em relação ao que preciso) e excelentes ilustrações de Constantinopla: https://imperiobizantino.com.br.

Essa sessão foi mais tranquila. Os dados ajudaram nisso. Deixei muita coisa seguir um ritmo lógico sem chamar os oráculos para qualquer coisa.

Os 2 XP ganhos não foram suficientes para Gavril subir de nível e consequentemente ganhar pontos para gastar com melhoria de perícias.

Decidi fechar a sessão antes do jantar porque Gavril vai entrar no assunto da morte do Imperador e o que aconteceu no estabelecimento de Derbedere. Nesse ponto prevejo consultas aos oráculos e a inserção de mais assuntos.

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